Finalmente!
Convention Center de San Diego entupido de gente, reações mais entusiasmadas aos painéis e parece que a coisa esquentou. Mas, francamente, eu não esperava que a reação da platéia de quase 7 mil nerds ao painel de Terminator Salvation fosse tão positiva. Principalmente quando o sujeito no leme do filme é McG, diretor de As Panteras (e sua continuação), sujeito odiado sabe-se lá por que pela nerdarada. Mas é fato: McG sabe comandar uma multidão, e o público dançou direitinho sua música. Mas não foi sem motivo. O material que ele exibiu do quarto O Exterminador do Futuro foi sensacional, com um vislubre do mundo pós-apocalíptico sugerido na primeira trilogia. O ano é 2018, uma década antes da guerra que a gente viu em T1 e T2. A Skynet, depois do Dia do Julgamento, está aperfeiçoando suas máquinas de matar, os humanos sobreviventes organizam, aos poucos, a resistência, e John Connor (Christian Bale, que não apareceu mas ouviu os urros da platéia quando McG lhe deixou um recado no celular) cada vez se torna mais certo de seu papel. Ah, e se você leu o “final” sugerido num “roteiro vazado”, McG garante que faz parte da campanha de “desinformação” do estúdio. Ah, e talvez o governador volte à série… mas não neste filme, já que os Exterminadores de Salvation serão T-600, que tinham “pele de borracha” sobre o exoesqueleto, como Kyle Reese (Michael Biehn) informou no filme original de James Cameron. A melhor reação foi quando um fã asiático que se apresentou como Tim fez uma pergunta com o sotaque austríaco de Arnold Schwarzenegger e foi convidado por McG ao palco, ao lado de dois outros fãs, uma vestida como Sarah Connor em T2 e outro como o T-1000, com buracos de bala e uma polaroid de John Conner (ou Edward Furlong), com a qual ele perguntou “Vocês viram este garoto?”. Um barato! Depois do painel, ainda participei de uma coletiva com diretor e elenco e, no fim da tarde, bati um papo com McG – em breve você confere tudo isso em SET.
Outro papo bacana foi com Frank Miller e com sua produtora de The Spirit, Deborah Del Prete. Miller explicou melhor o processo de criação do filme e de como vai equilibrar sua carreira a partir de agora – para resumir, ele se diz um artista que agora tem diferentes mídias à disposição para seu trabalho, e inclusive acabou de bolar uma HQ que seria perfeita para ser lançada para celulares. Como The Spirit é da Lions Gate, foi impossível não comentar a boataria de que a diretora de Punisher: War Zone (do mesmo estúdio), Lexi Alexander, fora defenestrada pelos executivos. E é fato, Del Prete diz que ela foi afastada e o filme pode não ter mais sua visão. Se foi ou não uma escolha acertada, ainda é para lá de cedo para dizer. Mas é um saco ver um estúdio colocando as mãos nas decisões de seus artistas. Curiosamente, a mesma Lions Gate foi detonada por Clive Barker antes da exibição de The Midnight Meat Train.
E deixo aqui os parabéns de Kapow! pra turma de brasileiros que deixa a Comic Con com um prestigiado Eisner Award na mala. Gabriel Bá, que ganhou ao lado de Gerard Way o prêmio de melhor minissérie pela sensacional The Umbrella Academy; e o prêmio de melhor antologia foi para 5, de Bá com seu irmão, Fabio Moon, mais Rafael Grampá, Becky Cloonan e Vasilis Lolos.
Para encerrar o sabadão, fui ao cinema ver Hellboy II. Uma belezinha de filme! Mas, como eu disse, O Cavaleiro das Trevas fez o favor de estragar 2008 para mim…
Até amanhã, com o encerramento da festa (e a capa da SET de agosto, por que eu sou legal).

Sam, Anton Yelchin (que é o jovem Kyle Reese em Terminator Salvation) e Moon Bloodgood, que mira neste que vos escreve...